terça-feira, 20 de novembro de 2012

64 - A linda


Dissertávamos verbalmente sobre “a linda”.

“A linda” não é a mais gostosa, sequer é a mais bonita. Mas “a linda” será sempre a mais linda. Definitivamente não há espaço para duas “lindas” no mesmo recinto.  Existe “a linda” e existem as outras.

“A linda” tem um quê de metafísico, algo que é difícil explicar, mas é fácil notar, é possível sentir. Uma coisa que deixa o ar mais leve, o clima mais amenos, os sonhos mais possíveis, mais gostosos.

“A linda” é bonita e é gostosa. E se as feias desculparam Vinícius de Morais, que façam o mesmo por mim, mas mesmo não precisando ser necessariamente a mais bonita, beleza é fundamental “à linda”.

“A linda” é capaz de fazer um homem apaixonar-se em segundos. Ele planeja igreja, filhos, cachorros, netos.  E planeja, é claro, muito sexo. Pois “a linda” é sempre sensual, embora não necessite ser sexual. Os feromônios da “linda” são abundantes e exalam por todos os poros, mas ela faz isso de um jeito tão desinteressado e displicente, que é exatamente isso que a torna tão atraente, tão “linda”.

“A linda”, ao fim de tudo, é a razão de se viver. Vivemos em um mundo cretino. E apenas uma “linda” é capaz de colorir essa realidade tão cinza.

E sabe o que é melhor do que identificar uma “linda”? É ter uma só pra você.

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